Mounjaro supera Ozempic em vendas e provoca demissão de CEO da Novo Nordisk

Ascensão do concorrente leva à queda de ações e à saída de Lars Fruergaard Jorgensen após 33 anos na empresa

  22 DE MAI, 2025


Mounjaro supera Ozempic em vendas e provoca demissão de CEO da Novo Nordisk

A Novo Nordisk, farmacêutica dinamarquesa conhecida mundialmente pelo Ozempic, passa por uma mudança inesperada em sua liderança após enfrentar forte pressão do mercado. O CEO Lars Fruergaard Jorgensen foi demitido após 33 anos de atuação na companhia, em meio a uma desvalorização expressiva das ações da empresa, um movimento impulsionado principalmente pela ascensão do medicamento concorrente Mounjaro, da norte-americana Eli Lilly.

A demissão ocorreu por meio de uma reunião no Microsoft Teams, revelando a urgência e o tom crítico da decisão. Segundo fontes próximas à empresa, investidores e o conselho administrativo já vinham pressionando por mudanças, diante das sucessivas perdas de valor de mercado. Nos últimos 12 meses, a empresa perdeu centenas de bilhões de dólares em capitalização.

O Mounjaro, utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e também com efeitos potentes na perda de peso, vem sendo apontado por estudos clínicos e especialistas como mais eficaz que o Ozempic. Esse desempenho superior no controle glicêmico e na redução de peso fez com que o medicamento da Eli Lilly ganhasse rapidamente espaço nos principais mercados mundiais, inclusive nos Estados Unidos e Europa.

Além da eficácia, a Eli Lilly também se adiantou no desenvolvimento de versões orais do remédio, o que amplia ainda mais seu potencial comercial, fator que vem sendo decisivo na preferência de médicos e pacientes.

A Novo Nordisk, que até recentemente liderava com folga o mercado de tratamentos com GLP-1 (categoria de medicamentos para controle de diabetes e obesidade), agora enfrenta o desafio de reconquistar espaço diante de uma concorrência mais agressiva e inovadora.

O novo CEO da companhia, ainda não oficialmente anunciado, terá a missão de reposicionar a empresa, acelerar a inovação e recuperar a confiança do mercado. Analistas apontam que, apesar da crise, a Novo Nordisk ainda tem um portfólio robusto e recursos para reagir, mas o tempo e a agilidade estratégica serão determinantes.

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Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/dinheiro-e-negocios/monjauro-derruba-acoes-e-ceo-do-ozempic-e-demitido-pelo-teams


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